quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

VITORIA

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Em conferência de imprensa o presidente vitoriano teceu duras críticas, a PSP e ao subintendente Daniel Mendes, que, dentro do Estádio, assistiram impávido e serenos aos confrontos entre os adeptos do Braga e Vitória.   
Afirmou sem meias palavras: "existe um braço-de-ferro entre os Clubes e um interesse corporativo” que não quer deixar de ganhar horas extras.

Júlio Mendes apresentou imagens de alguns dos momentos dos confrontos entre os adeptos, aquando do jogo entre Vitória B e Braga B  e referiu que o Clube “caiu numa armadilha” e explicou as razões que o levam a sustentar tal afirmação.

Nas imagens apresentadas, é possível ver alguns polícias ‘à paisana’, que assistem aos confrontos sem tomar quaisquer medidas, como sublinhou Júlio Mendes.
“Aqui, não estão em causa questões de rivalidade entre clubes. Nada nos move contra nenhum clube. Desde a entrada em vigor do diploma, que permite aos clubes assumir a responsabilidade da segurança dos jogos, que o Vitória, após várias reuniões, decidiu que em determinados jogos assumiria essa responsabilidade. Temos seis jogos da equipa B que foram feitos sem policiamento, temos cinco jogos da equipa A nas mesmas condições. Em nenhum desses jogos surgiram quaisquer incidentes”

“Temos dito sempre que, estando em vigor uma lei que define com clareza o número de polícias que têm de estar a desempenhar essas funções, não abdicaríamos deste princípio. O número de agentes que têm de estar presentes tem de ser consentâneo com o que está definido na lei. Eu compreendo que durante todos estes anos, os clubes pagaram horas extraordinárias aos agentes de segurança mas isso hoje está clarificado e está dito no diploma qual é o rácio dos agentes que deve estar em cada jogo”

“Não estamos a falar de agentes que garantem a segurança em situações de tumulto, como a que assistimos, situações idênticas às que assistimos do jogo em Braga contra o Paços de Ferreira, do Braga contra o Belenenses, do Braga contra o Leixões e por aí fora. Digo o Braga porque foi, concretamente, com o Braga que se passaram estas situações no passado domingo. Não são estes agentes que garantem a segurança dos cidadãos, quem o faz é o Corpo de Intervenção"

“Esperávamos que o estádio não recebesse mais do que 2 mil adeptos e, aplicando o diploma, não poderíamos solicitar mais do que nove polícias. A polícia entendeu que deveria ter 42 agentes, polícias que estão à porta do estádio e são pagos pelo Clube”

“O Vitória foi responsável mas foi mais longe. O Vitória disse, como sempre tem dito, que vai exigir que seja cumprida a lei. Se a lei diz que são quatro, então só aceitamos quatro agentes. Não é possível que os clubes continuem a suportar estes custos”

“As pessoas entram dentro da nossa casa, iniciam um conjunto de provocações e a polícia está à porta, à espera que o ladrão entre e só depois é que actua. O que existe é um braço-de-ferro entre os clubes e um interesse corporativo, que não quer deixar de ganhar horas extraordinárias. Nesse jogo, estava a polícia, que não foi requisitada, a assistir a tudo aquilo que se estava a passar”
“Um polícia não deveria dar indicação ao Corpo de Intervenção para intervir? Esses polícias estavam sentados nas nossas bancadas, viram vidas em risco, e só alguns minutos depois é que actuaram. Isto é muito grave!”

“Depois do circo estar a arder, alguém deu indicações para o Corpo de Intervenção entrar no estádio. Isto é tão grave ao ponto do subintendente Daniel Mendes ter dito ao vice-presidente Armando Marques, estando ele dentro do estádio, que não estava ao serviço, que não havia sido requisitado policiamento. Mas, pasmem-se, estava sentado na bancada e ao que me consta não pagou bilhete. Não sei o que lá estava a fazer. Eu sei que aquilo que estou a dizer é grave. Estou a pôr os nomes mas nós vamos pôr os nomes e apresentar as provas. Este mesmo subintendente no jogo com o Braga – Paços de Ferreira, apesar de não ter sido requisitado policiamento, deu indicações para que os adeptos do Paços fossem para trás da baliza e fosse assim garantida a segurança. Então, temos dois pesos e duas medidas?”


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