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Terminou a época 2013/14 do futebol popular, que
assinala os 25 anos da criação da Associação de Futebol Popular de Guimarães
que, por coincidência, ou não, o seu principal mentor, João Salgado, que era na
altura presidente do Matamá e continua, recebeu o troféu do melhor presidente
2013/14.
O
concelho de Guimarães tem no seu ADN a vocação para o associativismo nas suas
mais variadas vertentes, mas é no futebol onde essa apetência é mais vincada. A
confirma-lo é o facto de, em quase todas as freguesias, haver um Clube de
futebol e, na maioria dos casos, principalmente nas aldeias onde é mais fácil
adquirir o terreno, com campo próprio.
Isto
para dizer que antes de ser criada a AFPG, já existiam diversos torneios de
futebol, organizados pelos Clubes que convidavam as equipas das freguesias
vizinhas e os jogos eram sempre disputados no campo do Clube organizador, que
quase sempre cozinhava os regulamentos à sua medida e por via disso, também porque
não existia uma entidade reguladora, muitas vez terminava em pancadaria.
Foi então que surgiu um grupo de pessoas de
bem, com gosto pelo desporto, que idealizou a criação de um organismo onde quem
estivesse disposto a aderir, assumisse as suas responsabilidades e assim
terminar com os torneios onde o desportivismo não tinha lugar.
O
João Salgado, já nessa altura presidente do Matamá, meteu mãos à obra, foi à
casa dos principais Clubes de então, convidou-os para uma reunião na sede do
Matamá (11-12-88) onde compareceram oito Clubes: Matamá, Juni, Gémeos,
Pinheiro, Cano, Tabuadelo, OS Mesmos e Polvoreira. Nessa reunião foi decidido
que, cada Clube nomeava três delegados com poderes para eleger a primeira
direção e apresentaram os seguintes elementos: Matamá-João Salgado, José
Ribeiro, José Miranda; Juni-António Castro, Lino Oliveira e Rodrigo Sampaio;
Gémeos-João Ribeiro, Joaquim Félix e Eugénio Pascoal; Pinheiro-Domingos
Bragança (atual presidente da CM), António Salgado e Miguel Faria; Cano-José
Lobo, Manuel Freitas e Eduardo Lobo; Tabuadelo-José Manuel Pereira, José Vaz
Araújo e José Costa; Polvoreira-Bento Peixoto, António Lopes e João Pires Leite.
Em
16-12-88, numa reunião que não foi de todo pacífica, foi escolhida a denominação
do organismo que até hoje tutela o futebol popular vimaranense, Associação de
Futebol Popular de Guimarães e a seguir foi eleita a primeira direção que ficou
assim constituída:
Presidente-José
Manuel da Silva Pereira
Vice-presidente-
António Salgado Martins
Secretário-Júlio
Oliveira Barroso.
Secretário
relator- Miguel Faria
Em
21-02-92 foram entregues no 1º Cartório Notarial de Guimarães os documentos
necessários á sua legalização, foi feita a respetiva escritura, que viria a ser
publicada na III série do Diário da República a 9-05-92, ficando, a partir daí,
com o estatuto de parceiro social com voz ativa.
A
AFP de Espinho, pioneiros do futebol popular organizado e por isso atentos ao
que se passa, com especial incidência, ao que a este desporto diz respeito,
tendo conhecimento da legalização da Associação vimaranense, não perderam tempo
e em 4-05-92, com a conivência da C Municipal, convidou uma representação da
AFPG para um colóquio subordinado ao tema, “Maio Mês do Coração” e mais tarde,
Espinho, Guimarães e Amarante, criaram o embrião do qual resultaria no
aparecimento da FFPN.
No
início chegou mesmo a haver jogos entre as seleções dos dois concelhos. A
seleção vimaranense deslocava-se a Espinho no dia 25 de abril, data do feriado
municipal no concelho e os espinhenses retribuíam, deslocando-se a Guimarães a
24 de junho, feriado municipal vimaranense, dia das comemorações da Batalha de
S. Mamede.
O
primeiro campeonato, organizado pela AFPG teve início no segundo fim de semana de
fevereiro de 1989, contando com a participação de oito equipas: Matamá, Juni,
Gémeos, Pinheiro, Cano, Os Mesmos, Tabuadelo e Polvoreira.
O
primeiro campeonato foi ganho pelo Polvoreira que venceu também a Supertaça e a
1ª Taça Cidade Berço foi parar á vitrina do Matamá.
O 3º campeonato foi disputado por 15 equipas e
o 3º por 16, este em duas Séries.
Série
A: Madre Deus, Café Âncora, Estrelas Vermelhas, Infias, Amorosa, Pinheiro,
Polvoreira e Stº Estevão de Briteiros.
Série
B: Os Mesmos, Heróis Portugueses, Abação, Matamá, Gémeos, Tabuadelo, Cano e
Juni.
Na
época 92-93, já com 18 equipas, os campeonatos adquiriram o figurino que
perdura até hoje, isto é, começou a ser disputado em duas secções. A 1ª Divisão
com 10 equipas: Juni, Polvoreira, Amigos Urgeses, Tabuadelo, Pinheiro, Infias,
Cano, Calvos, Abação e S. Paio de Vizela.
2ª
Divisão: Ases Stª Eufémia, Heróis Portugueses, Os Mesmos, Pinheiro B, Infantas,
Tagilde, Gémeos e Longos.
O
campeão da 1ª Divisão foi a Juni, que juntou a Supertaça, e a Taça Cidade Berço
foi ganha pelos Amigos Urgeses.
O campeão da 2ª Divisão foi os Ases STª
Eufémia.
Nesta
temporada (92-93), também teve inicio o campeonato de Juniores, com 5 equipas:
Pinheiro, Infias, Tabuadelo, Os Mesmos e Polvoreira, que foi conquistado pela
formação pinheirense.
O
maior feito da história do futebol popular vimaranense, foi protagonizado pelo CD
Pinheiro na época 93-94. Venceu o campeonato da 1ª Divisão, a Taça Cidade
Berço, a Supertaça e o campeonato de Juniores.
Resumindo:
a Associação de Futebol Popular de Guimarães, tem ao longo dos anos, ao contrário
das suas congéneres de outros concelhos, aumentado os seus participantes.
Começou com 8 equipas, aumentou para 15, 16 e esta época contou com 22, o que
significa que os Clubes podem ir descansados para férias porque o organismo que
tutelo o futebol popular vimaranense está bem e recomenda-se.